Mostrar um panorama da indústria do Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, no Brasil e no mundo e discutir importantes temas técnicos de interesse desse mercado. Foi com essa finalidade que profissionais de empresas distribuidoras e de revendas de GLP, projetistas, instaladores, fornecedores de produtos e serviços, agentes de fiscalização -como bombeiros, meio ambiente, ANP e Inmetro, participaram nos últimos dias 9 e 10 do Encontro Técnico do GLP de 2015, em São Paulo. O evento foi promovido pelo Projeto GLP – Qualidade Compartilhada-, entidade que reúne as principais empresas do segmento e que é mantenedora do Comitê Brasileiro de Gases Combustíveis da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas-, e contou com apoio institucional da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações (Abrinstal).
Para o diretor executivo da Abrinstal e também gestor do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia (CB-116), Alberto Fossa, as perspectivas para o mercado do GLP são bastante positivas, pois o produto tem vantagens competitivas, principalmente por apresentar abaixas emissões de carbono e alta eficiência no processo de combustão. “Trata-se de uma energia disponível e cada vez mais o mundo está preocupado com as questões ambientais e de eficiência. O setor de energia está intimamente ligado ao meio ambiente e ao clima do planeta e cada vez mais é necessário pensar em aumentar a eficiência e baixar as emissões; nessa linha, o GLP é uma importante e valiosa alternativa”, afirma Fossa, que apresentou o tema “Desafios e estratégias para o mercado de GLP numa economia global de baixo carbono”.
Atualmente, quase metade de todo volume utilizado de GLP, fica no setor residencial, onde o produto é utilizado para cocção e aquecimento de ambiente e de água. No Brasil, cerca de 95% das residências utilizam o GLP para a cocção. Trata-se de um case de sucesso na parte de distribuição, pois o botijão de 13 quilos é um produto disponível em todo o território nacional. O mercado brasileiro de GLP conta com uma ampla rede de distribuidores e milhares de pontos-de-venda espalhados por todo país e gerando pelo menos 350 mil empregos diretos e indiretos.
A presença do GLP no País é maior do que a da energia elétrica, da água encanada e da rede de esgotos. Isto fez do gás um produto essencial para a população brasileira, pois é utilizado no preparo das refeições diárias em 42,5 milhões de lares de todas as classes sócio-econômicas. Mas o GLP tem muitas outras aplicações além de sua utilidade na cocção de alimentos. O desafio é justamente avançar em outros mercados.
Ao longo das três ultimas décadas, o mercado brasileiro passou por profundas transformações. O alto grau de competitividade do setor resultou em bons níveis de serviço e segurança para o consumidor. O consumo mundial de GLP é de aproximadamente 200 milhões de toneladas anuais e tem nas economias emergentes o maior potencial de consumo. No cenário mundial o GLP também desempenha um importante papel ambiental e social, sendo incentivado como fonte de energia.